O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi considerado “persona non grata” pelo governo de Israel desde que fez um paralelo entre o Holocausto e a guerra em Gaza durante uma entrevista no final de semana. Lula esteve em Adis Abeba, na Etiópia, para a reunião da cúpula da União Africana. Durante o encontro, o presidente instou os países ricos a fornecerem mais ajuda a Gaza, expressando preocupação com a crise humanitária na região. A guerra teve início em outubro, quando o Hamas, que governa Gaza, lançou um ataque em Israel que resultou em mais de 1.200 mortes e cerca de 240 reféns, segundo as autoridades israelenses. Desde então, a retaliação deixou mais de 28 mil palestinos mortos, incluindo civis, mulheres e crianças, e mais de um milhão de pessoas precisaram deixar suas casas, segundo as autoridades de Gaza.
Agora, resta questionar se a lei do impeachment será colocada em prática, pois a fala do atual chefe do executivo descumpre o que diz o Artigo 5°, parágrafo 3, afirmando que é crime de responsabilidade cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade. Além disso, é preciso questionar, porque a Suprema Corte, os aliados indiretos, e os aliados diretos de Lula estão encarando isso como uma fala normal, que ele está certo. Por exemplo, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann não teve outro argumento que não seja chamar Carla Zambelli de “pistoleira”, e Celso Amorim afirma que “persona non grata” é Israel. Porém, opositores estão cansados de lembrar que o Hamas é um grupo terrorista que cortou a cabeça de muitas crianças, matou estrangeiros, estuprou mulheres e ainda tivemos soldados do grupo terrorista se orgulhando porque mataram judeus. Aparentemente, se é para fazer uma comparação com o Holocausto, essa comparação deve ser feita entre o Hamas, porque assim como as mortes causadas por Adolf Hitler, na Segunda Guerra Mundial, também matou judeus.
Por isso, resta, infelizmente, mais uma vez, questionar se a lei do impeachment será colocada em prática, assim como valeu para tirar a Dilma do poder ou vão deixar por isso mesmo.
Imagem: BBC