Em algumas conversas com a minha família, eu recebi muitas orientações sobre ter cuidado ao expor a minha opinião publicamente, porque ela defende que o jornalista não pode ter lado. Esse assunto divide muitas opiniões que fazem a gente analisar o passado e o presente do comportamento da imprensa.Eu concordo plenamente que o jornalista não deveria ter lado, porém, infelizmente, a realidade não condiz com a nossa concordância e isso não é atual. Quem puder estudar a história, vai entender principalmente em que se comemora o dia do jornalista, 7 de abril. Essa data é para homenagear Líbero Badaró, um jornalista e médico, que era o principal opositor de Dom Pedro I. Devido aos seus posicionamentos, ele pagou o preço com a vida. Indo ao século XX, mais precisamente, para o segundo governo de Getúlio Vargas, o principal opositor dele também era um jornalista, Carlos Lacerda. Mas, diferente de Líbero, Lacerda continuara vivo, enquanto Vargas tirou a própria vida em 1954. Na Ditadura Militar, período sobre o qual eu fiz um trabalho na faculdade, se tornou algo mais rigoroso para os jornalistas, que alguns tiveram que pagar com a vida, um deles é Vladmir Herzog, nascido na Croácia.Na imprensa atual, das eleições de 2022 para cá, você pode analisar muito bem qual é o lado de cada jornal. Na direita, Estadão, Jovem Pan, alvo do Sleeping Giants, Revista Oeste, Gazeta do Povo e entre outros. Na esquerda, g1, sem novidade para ninguém, Folha de São Paulo, O Globo, Revista Fórum, Uol, CartaCapital, Metrópoles e entre outros.O jornalista não deve ter lado, continuo defedendo isso, mas com o comportamento inadequado, do universitário ao profissional, principalmente com aquilo que ele é ensinado nas universidades, acaba se tornando uma obrigação ter um lado político. Mas, depedendo da sua opinião, é preciso tomar cuidado, pois a intolerância de certas pessoas, devido a uma opinião diferente, pode resultar em coisas muito piores comparadas às que estamos presenciando nos dias de hoje.
Imagem: Guia do Jornalismo